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Grupo Guatô da Unemat se apresenta no 5º Festival Siriri de Cuiabá
Grupo Guatô da Unemat se apresenta no 5º Festival Siriri de Cuiabá
09/10/2006 09:52:12
por Coordenadoria de Comunicação Social

Mais de 55 componentes do Grupo Guatô da Unemat se apresentaram nesse domingo à noite no 5º Festival Siriri, realizado em Cuiabá entre os dias 6 e 8 de outubro.

O Guatô nasceu como projeto de Cultura e Extensão do campus da Unemat em Cáceres. É um trabalho desenvolvido por professores, acadêmicos e funcionários da Instituição e congrega crianças, jovens, adultos e melhor a idade de comunidades ribeirinhas e povos do Pantanal da região de Cáceres.

Na apresentação de ontem, o Guatô homenageou a comunidade de Taquaral (30 km de Cáceres) e os protetores: Nossa Senhora do Carmo e São Luis de Cáceres. A imagem da Santa foi trazida de Portugal há mais de 100 anos.

Além da religiosidade, o grupo representou mitos locais, na figura do lendário Minhocão. Diz a lenda que uma enorme minhoca sugava a sombra das pessoas na beira do rio, as capturava e comia. Ao som de viola de cocho, tocada por senhores da comunidade e cantada por rezadeiras, ou “tiradeiras de reza” como se chamam, o Guatô surpreendeu a platéia na sua primeira vez no Festival Siriri.

Cada grupo teve 20 minutos para se apresentar. Outras regras também deveriam ser respeitadas no Festival, como encenar uma lenda, trazer estandarte com nome do grupo e dos santos homenageados- todas debatidas em reuniões constantes realizadas com os organizadores do evento.

Para chegar ao Festival Siriri, foi um longo trabalho até aqui. O coordenador do Guatô, Celso Ferreira da Cruz Victoriano, conta que 48 grupos de Mato Grosso se inscreveram no Festival. Entretanto, apenas 24 conseguiram se apresentar. Foram 8 por noite. “Estamos nos preparando para este momento há mais de um ano.

Este é o resultado de muito esforço”, desabafa. O projeto prevê, além desses momentos culturais, encontros permanentes com a comunidade em oficinas, aulas, palestras, cursos de artes plásticas, bijouteria e artesanato tradicional.

O projeto busca preservar a cultura tradicional e o orgulho das comunidades ribeirinhas, sensibilizando para a pluralidade sócio-cultural local, com utilização de diferentes linguagens: verbal, plástica e corporal, possibilitado a partir da pesquisa. “É um longo trabalho com a auto-estima dessas pessoas. Aos poucos eles passam a conhecer mais a sua própria história e se orgulham de mostrar os saberes dos povos tradicionais”, explica Zelma Maria de Assunção Mendes, também Coordenadora do Guatô.

O 5º Festival Siriri foi uma realização da Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria de Cultura e Sebrae, no Museu do Rio (Porto).

Projeto Guatô:

O nome do projeto é em homenagem à nação indígena Guatô do tronco Macro Jê, um dos primeiros habitantes pantaneiros e conhecidos por suas habilidades como canoeiros. Deixaram também como herança a viola de cocho, a canoa, a zinga, a zagaia, batelão e a chicha de acuri.

O Projeto Guatô foi lançado oficialmente no dia 31 de maio de 2002 no 13º Fórum Acadêmico de Letras FALE com o tema “Fale no Pantanal” e, posteriormente, nos dias 14, 16 e 19 de setembro de 2002 no 23º Festival Internacional de Pesca (FIP) em Cáceres.

O grupo é formado por alunos da antiga Escola de Aplicação e Valorização Humana “Lázara Falqueiro de Aquino”, acadêmicos, funcionários, docentes da Unemat e jovens da comunidade escolar do município de Cáceres.

Danielle Tavares- Assecom/Unemat

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